sábado, 28 de abril de 2012

O Cofre


Alguma vez você já acordou no meio da noite, ou aleatoriamente checou seu relógio durante o dia, para ver o mesmo horário, quase como te seguisse? Para mim, é 11:17. Eu diria que pelo menos uma de três vezes que checo meu relógio é 11:17.  Você pode ter outro horário, tipo 3:33 ou 12:50. Se você não tem um, conte suas bênçãos e pare de ler. Se você tem uma hora que parece te perseguir, siga as instruções.

Encontre o lugar aonde você nasceu. Quanto mais especifico, melhor. O quarto exato, se você puder, mas as vezes o local que você está procurando pode variar um pouco. Já no local, entre no quarto /salão /hospital e vasculhe toda a área. Você deve eventualmente  achar um cofre com uma combinação de 4 dígitos como senha. Você sabe quais quatro dígitos você deve usar (Use 0 primeiro se sua hora é antes de 10). Dentro, você irá encontrar um envelope de aproximadamente 30cm por 20cm, na cor bege. Pegue-o,e seja cuidadoso ao notar seu peso surpreendentemente pesado, porque você não quer acidentalmente deixa-lo cair. Com o envelope em mãos, sai do local e faça com que ninguém o veja.

Assim que estiver em um lugar seguro, abra o pacote. Você deve encontrar um HD externo e mais dois envelopes menores. Um estará denominado "Fotos". Abra-o e você encontrará uma série de polaroides documentando a história de toda sua vida. Cada uma terá sua respectiva data e uma descrição imprimida no espaço branco. Você nunca terá visto essas fotos antes, ou ter nenhuma recordação de alguém tirando-as. As fotos aparentemente vão parecer ter sido tiradas de lugares isolados e afastados, parecendo como se um perseguidor teria as tirado. Seja bem cuidadoso quando estiver olhando essas fotos, para que não veja as datas impressas nelas, pois TODAS suas fotos estão lá, e esperamos que você não espie seu futuro, pois isso é contra as regras.

O outro envelope estará denominado "Certificados", e não é nem de perto a grossura do outro envelope. Eu não aconselharia olhar tudo isso ao mesmo tempo, pois lá contem todos seus documentos legais da vida inteira, desde sua certidão de nascimento, até sua certidão de casamento, todas suas licenças de motorista, tickets de transito, e certidões de nascimento com seu nome listado como "mãe" ou "pai". Um aviso prévio: também contem seu certificado de óbito.

Consiga um computador barato que você não se sinta mal de dar um fim depois e uma impressora de alta qualidade com tinta cheia e papel, que será preciso repor.  Tenha certeza que os drivers da impressora estão instalados apropriadamente. Não conecte o HD externo até ter certeza completa que está tudo pronto para imprimir as informações que encontrará lá, e a coisa mais importante: NÃO CONECTE O COMPUTADOR NA INTERNET. Se o computador ter compatibilidade de wi-fi, remova-as ou desconecte-as. Precisa ser fisicamente impossível para a maquina conectar-se na internet enquanto funcionando.

Assim que tiver plugado o HD, não faça nada no computador. O HD tem um software próprio que irá tomar controle daqui em diante. Se você seguiu todas as instruções precisamente até aqui, a impressora deve estar cuspindo folhas que nem uma louca. Serão impressões em azul, esquemáticas, e formulas matemáticas que maioria das pessoas não tem a capacidade de entender. Se a impressora ficar sem papel antes de acabar, carregue-a com mais. Você saberá quando terminar, pois o computador desligará e nuca mais tornará a ligar novamente. Sua última impressão dirá "FIM DO SET DE INSTRUÇÕES". Então te dará acesso a um endereço de IP. Vá nesse endereço de IP no se navegador de internet. Irá te levar a uma senha de 4 dígitos. Daí em diante novas instruções serão dadas.

Por volta de uma dúzia de pessoas seguiu as instruções até tão longe e comparando nossas impressões, mostra que cada HD continha informações diferentes, que se completam, fazendo apenas uma parte do conjunto. Nós não sabemos mais quantos pedaços ainda tem há, ou se alguém tem duplicatas. Mas chegamos a conclusão que temos em mãos esquemas parciais de uma máquina do tempo, que estamos destinados a construir .

Eu nunca tive coragem suficiente para olhar minhas fotos e documentos contendo meu futuro, mas outros tiveram a ousadia; eles contam que toda vez que dão uma olhada nas fotos, elas aparentemente mudaram, e algumas vezes até o número de fotos muda.

Um aviso final: Destrua o HD assim que terminar. É diferente de qualquer coisa qualquer um de nós já viu antes, e parece ser capaz de ligar-se sem ter uma fonte de bateria ou algo do tipo. Eu não esperei para ver se meu fez algum barulho , mas os relatórios dos outros dizem que à noite, parece sussurrar para eles.

Privação do Sono: A experiência



Antes do mundo ter seus conceitos de ética, cientistas usavam e abusavam do seus poderes para fazer experiências com humanos vivos, que iam além de qualquer senso de humanidade. Haviam testes desde o transplante até a reanimação de cadáveres. Uma dessas bizarrices cientificas foi a privação de sono.

Pesquisadores Russos, no final dos anos 40. A pesquisa foi feita com cinco homens que eram prisioneiros políticos declarados inimigos do Estado durante a Segunda Guerra Mundial. Esses foram mantidos acordados por quinze dias, usando um gás experimental como estimulantes. Foram mantidos em um ambiente selado, e monitorando o oxigênio deles, para que o gás não os matasse, já que possuía altos níveis de toxina concentrada. Para observá-los, havia um circuito interno de câmeras com microfones e janelas pequenas para que a experiência fosse vigiada a "olhos nus". O "quarto" estava cheia de livros e berços para dormir, mas sem lençóis, água corrente ou banheiro; também havia comida seca para todos os cinco, que estava destinada à duraria um mês.
Tudo estava tranquilo nos primeiros 5 dias. As cobaias pouco reclamavam, já que haviam sido avisados (falsamente) de que seriam libertados se participassem do teste e não dormissem por 30 dias. Suas conversas e atividades eram todas monitoradas, e foi notado que elas conversavam constantemente sobre incidentes traumáticos no passado, e o tom geral da conversa tomou um tom um tanto sombrio a partir do quarto dia.

  Depois do quinto dia, as cobaias começaram a reclamar das circunstâncias e eventos que os trouxeram à atual situação e começaram a demonstrar paranoia severa. Elas pararam de falar um com os outros e de começaram a sussurrar alternadamente nos microfones e a bater nas janelas. Estranhamente eles pensavam que poderiam conseguir a confiança dos cientistas ao se tornarem "seus colegas", e tentavam conquistá-los. Os pesquisadores, no entanto, suspeitaram que se tratava de algum efeito do gás. 

 Depois de nove dias, o primeiro deles começou a gritar. Ele corria por toda a extensão da câmara gritando a plenos pulmões por quase três horas seguidas. Ele continuou a gritar, mas só conseguia produzir alguns grunhidos. Os pesquisadores acreditaram que ele conseguira fisicamente romper e destruir suas cordas vocais. O mais surpreendente desse comportamento foi como os outros reagiram a isso, aliás, não reagiram. Eles continuaram a sussurrar nos microfones até que o segundo prisioneiro começou a gritar. Os que não gritavam pegaram os livros disponíveis, arrancando página atrás de página e começaram a colá-las sobre o vidro das vigias usando as próprias fezes. Os gritos, logo após das janelas serem totalmente privadas de visão, pararam.

Mais 3 dias se passaram. Os pesquisadores checavam os microfones de hora em hora para ter certeza de que funcionavam, já que pensavam ser impossível que cinco pessoas não poderiam estivessem produzindo som algum. O consumo de oxigênio indicava que as cinco pessoas ainda estavam vivas. Na verdade, acontecera um aumento no oxigênio, indicando como se fosse um nível que as cinco pessoas teriam consumido após exercícios pesados. Na manhã do 14º dia, os pesquisadores usaram um interfone dentro da câmara, esperando alguma reação dos prisioneiros, que não estavam dando sinais de vida, e os cientistas acreditavam que estavam mortos ou então vegetando.

 Eles disseram: “Estamos abrindo a câmara para testar os microfones, fiquem longe da porta e deitem no chão ou atiraremos. A colaboração dará a um de vocês liberdade imediata.” Para a surpresa de todos que seguiam com o experimento, alguém respondeu calmamente em uma única frase: “Não queremos mais sair." Discussões começaram a surgir entre os pesquisadores e as forças militares que criaram a pesquisa. Não conseguindo mais resposta alguma através do interfone, foi finalmente decidido abrir a porta à meia-noite do décimo quinto dia.

O gás estimulante foi retirado da câmara e substituído por ar fresco, imediatamente vozes vindas dos microfones começaram a reclamar. Três vozes diferentes imploravam pela volta do gás, como se pedissem para que poupassem a vida de alguém que amassem. A câmara foi aberta e soldados entraram para retirar as cobaias. Elas começaram a gritar mais alto do que nunca, e o mesmo fizeram os soldados quando viram o havia acontecido lá dentro. Quatro das cinco cobaias estavam vivas, embora ninguém pudesse descrever o estado deles como “vivos”.

As rações a partir do dia 5 não haviam sido tocadas. Havia pedaços de carne vindas do peito e das pernas tapando o ralo no centro da câmara, bloqueando-o e deixando 10cm de água acumulando no chão. Nunca determinou-se o quanto dessa água era na verdade sangue e urina.
Os quatro “sobreviventes” do teste também tinham grandes porções de músculo e pele extraídos de seus corpos. A destruição da carne e ossos expostos na ponta de seus dedos indicava que as feridas foram feitas com as mãos a força, e não por dentes como se pensava inicialmente. Um exame  feito posteriormente mais delicadamente, na posição das feridas indicou que alguns, senão todos, ferimentos foram auto-induzidos.

  Os órgãos abdominais abaixo da costela das quatro cobaias havia sido removido. Enquanto o coração, pulmões e diafragma estavam no lugar, a pele e a maioria dos órgãos ligados à costela haviam sido removidos, expondo os pulmões através delas. Todos os vasos sanguíneos e órgãos remanescentes permaneceram intactos, eles só haviam sido retirados e colocados no chão, rodeando os corpos eviscerados, mas ainda vivos das cobaias. Podia-se ver o trato digestivo dos quatro trabalhando, digerindo comida. Logo ficou aparente que o que estava sendo digerido era a própria carne que eles haviam arrancado e comido durante os dias.

A maioria dos soldados ali presentes eram das operações especiais russas, mas muitos se recusaram a voltar à câmara e remover as cobaias. Elas continuaram a gritar para serem deixadas ali e também pediam para que o gás voltassem, pelo menos elas dormiriam.
Para a surpresa de todos, as cobaias ainda lutaram durante o processo de serem removidas da câmara. Um dos soldados russos morreu ao ter sua garganta cortada, e outro foi gravemente ferido ao ter uma artéria da sua perna atingida pelos dentes de uma das cobaias. Houve casos ainda de suicídio nos semanas que seguiram entre alguns soldados e cientistas que estavam relacionados com o incidente.

Durante a luta, um dos quatro sobreviventes teve seu baço rompido, e então começou a perder sangue rapidamente. Os pesquisadores médicos tentaram sedá-lo mas foi impossível. Ele havia sido injetado com mais de três vezes a dose normal de morfina para humanos e ainda lutava como um animal, quebrando conseguindo ainda ferir um dos médicos. Houve um ponto em que seu coração bateu fortemente por dois minutos, após ele ter sangrado tanto ao ponto de ter mais ar em seu sistema vascular do que sangue. Mesmo depois do coração ter parado, ele ainda continuava a gritar a palavra “MAIS” sem parar, até ficar fraco e finalmente calar-se.
O terceiro sobrevivente estava muito contido e foi levado para um consultório. Os outros dois com as cordas vocais intactas continuavam a implorar pelo gás para serem mantidos acordados.

O mais ferido dos três foi levado para a única sala cirúrgica que ali havia. Durante o processo de preparar a cobaia para receber seus órgãos de volta, foi descoberto que ela era totalmente imune à qualquer sedativo que estavam dando para ele. O homem lutou furiosamente contra as amarras que o prendiam à cama quando trouxeram gás anestésico para sedá-lo. Levou mais do que o necessário de gás anestésico para sedá-lo, e na mesma hora em que suas pálpebras se fecharam, seu coração parou. Na autópsia foi reveleado que seu sangue possuía o triplo do normal de oxigênio. Os músculos que estavam presos aos seus ossos estavam destruídos, e ele havia quebrado 9 ossos na luta para não ser sedado. A maioria eram pela força que seus próprios músculos haviam exercido.

O segundo sobrevivente era o que primeiro que começara a gritar entre os cinco. Suas cordas vocais estavam destruídas, e ele não era capaz de gritar ou implorar para não passar por cirurgia, e a única forma de reação que ele exibia era sacudir sua cabeça violentamente em desaprovação quando o gás anestésico foi trazido. Ele balançou sua cabeça positivamente quando alguém sugeriu, relutantemente, se os médicos aceitavam fazer a cirurgia sem a anestesia. O sobrevivente não reagiu durante as 6 horas de procedimentos para repor seus órgãos e tentar cobri-los com o que restou de pele. O cirurgião de plantão repetia várias vezes que era medicamente possível o paciente estar vivo. Uma enfermeira aterrorizada que assistia à cirurgia constatou que vira a boca do paciente virar um sorriso toda vez que seus olhos se encontraram.Quando a cirurgia acabou, o paciente olhou para o cirurgião e começou a grunhir alto, tentando falar enquanto lutava. Acreditando ser algo de extrema importância, o médico pegou uma caneta e papel para que o sobrevivente escrevesse sua mensagem, “Continue cortando.”

Os outros dois sobreviventes passaram pela mesma cirurgia, os dois sem anestésico. Mas ambos tiverem um paralisante injetado durante a operação, pois o cirurgião achou impossível continuar o procedimento enquanto os pacientes se debatiam histericamente. Uma vez paralisados, as cobaias só podiam acompanhar o procedimento com os olhos, mas logo o efeito do paralisante passou e em questão de segundos eles começaram a lutar contra suas amarras. Quando perceberam que podiam falar novamente, começaram a pedir pelo gás estimulante. Os pesquisadores tentaram perguntar por que eles haviam se ferido, por que haviam arrancado as próprias entranhas, e por que queriam tanto aquele gás.

Uma única resposta foi dada: “Eu preciso ficar acordado.”

Todas as três cobaias sobreviventes foram colocadas de volta na câmara, em quanto esperavam alguma resposta para o que seria feito com elas. Os pesquisadores, encarando a ira dos “benfeitores” militares, por terem falhado em seus objetivos, consideraram eutanásia aos pacientes. O comandante do processo, um ex-KGB, viu algumas possibilidades, e quis que as cobaias fossem colocadas novamente sob o gás estimulante. Os pesquisadores se recusaram fortemente, mas no final não tiveram escolha.

Em preparação para serem seladas novamente na câmara, as cobaias foram conectadas a um monitor EEG (N/T: Eletroencefalograma, que mede as ondas cerebrais), e tiveram suas extremidades acolchoadas em troca do confinamento. Para a surpresa de todos, todos os três pararam de lutar assim que souberam que seriam colocados de volta ao gás.
Era óbvio que até aquele ponto, os três estavam lutando para ficarem acordados. Um dos sobreviventes que podia falar estava cantarolando alto e constantemente; a cobaia calada estava tentando soltar suas pernas das amarras com toda a sua força; primeiro a esquerda, depois a direita, depois a esquerda novamente, como se quisesse se focar em algo. A cobaia restante estava mantendo sua cabeça longe de seu travesseiro e piscando rapidamente. Como fora o primeiro a ser conectado ao EEG, a maioria dos pesquisadores estava monitorando suas ondas cerebrais. Elas estavam normais na maioria das vezes, mas às vezes se tornavam uma linha reta, sem explicação. Era como se ele estivesse sofrendo mortes cerebrais constantes por um curto período de tempo. Enquanto se focavam no papel que o monitor soltava, apenas uma enfermeira viu os olhos do paciente se fecharem assim que sua cabeça atingiu o travesseiro. Suas ondas cerebrais mudaram para aquelas de sono profundo e então tornaram-se uma linha reta pela última vez enquanto seu coração parava na mesma hora.

A única cobaia que podia falar começou a gritar. Suas ondas cerebrais mostravam as mesmas linhas retas que o paciente que acabara de morrer. O comandante deu a ordem para ser selado dentro da câmara com as duas cobaias e mais três pesquisadores. Assim que entraram na câmara, um dos pesquisadores pegou sua arma e atirou entre os olhos do comandante, depois voltou para a cobaia muda e também atirou em sua cabeça.
Ele apontou sua arma para o paciente restante, ainda preso à cama enquanto os outros pesquisadores saíam da sala. “Eu não quero ficar preso aqui com essas coisas! Não com você!” ele gritou para o homem amarrado “O QUE É VOCÊ?” ele ordenou “Eu preciso saber!”

“Você se esqueceu?” O paciente perguntou “Nós somos você. Nós somos a loucura que vaga em todos vocês, implorando para sermos soltos toda vez dentro de sua mente animal. Nós somos aquilo de que vocês se escondem em suas camas toda noite. Nós somos aquilo que vocês sedaram no silêncio e paralisam quando vocês atingem o paraíso noturno do qual não podem sair.”

O pesquisador ficou quieto. E então mirou no coração do paciente e atirou.

O EEG tornou-se uma linha reta enquanto o paciente gaguejava “tão...perto...livre...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Lado Negro: Goosebumps





Goosebumps foi um dos destaques de minha infância. Devo ter lido praticamente todos os livros e assistido a uma grande parte dos episódios. A melhor coisa era a razão de todo o terror das histórias. A maioria das histórias tinham monstros, fantasmas e demônios. Mas eu amava aquelas que realmente fodiam com o seu cérebro, como “Um Choque na Rua Shock”. Goosebumps era minha série favorita de livros, mesmo que me mantevessem acordados durante toda a noite.

Na semana passada, eu estava limpando meu quarto reserva. Estava cheio de caixas, livros e roupas velhas, o que era estranho, visto que eu só estava morando em minha casa a três meses. Encontrei uma velha caixa marrom com a palavra "GOOSEBUMPS" escrito nela. Todos os meus antigos livros Goosebumps estivessem dentro dela. Uma onda de nostalgia tomou conta de mim, e eu chorava enquanto olhava para as capas que me deixavam cagando de medo em minha infância. Muitas das páginas estavam com as pontas dobradas, e eu também encontrei dois marcadores e seis cartões de visita.

Na parte inferior da caixa estava uma fita VHS. O titulo "Goosebumps: Esconde-Esconde" estava escrito nela com marcador permanente azul. Eu sinceramente não me lembrava de possuir qualquer episódio da série de TV, então achei muito estranho aquela fita estar lá. Cego pelas memórias de minha infância, não cheguei a pensar muito nisso, e somente pensava nas memórias que o episódio iria me trazer quando o assistisse.

Demorou um pouco pra encontrar meu videocassete no meio de toda aquela bagunça, mas depois de cerca de vinte minutos, finalmente achei. Depois de instala-lo na sala, comecei a assistir a fita. Tudo começou com R.L. Stine (o narrador e criador da série) surgindo debaixo de uma cadeira. Ele começa a falar sobre o jogo Esconde-Esconde: "Não é maravilhoso quando você encontra um bom esconderijo para que ninguém consiga encontrá-lo até o fim?", disse ele, agora sentado na cadeira. "Mas, às vezes, os melhores esconderijos... Podem acabar sendo os piores", continuou ele. Em seguida, o episódio começa.

Três garotinhas estavam num quarto sentadas em círculo. Uma delas aparentemente estava contando uma história assustadora. "Pare com isso Amy! Você está me assustando!", gritou uma das amigas.

"Vê se cresce, Rachel! Não é real!" zombou Amy.

"Talvez devêssemos fazer outra coisa, Amy", disse outra garota.

"É uma festa do pijama, Emily! Isso é o que você faz: Conta histórias de terror! Mas já que você é muito criancinha pra essas coisas, vamos fazer outra coisa", disse Amy.

"Vamos brincar de Esconde-Esconde!", exclamou Rachel, alegre.

"Tudo bem. Não está comigo!", gritou Emily.

"Também não está comigo!", gritou Rachel.

"Tudo bem, tudo bem, está comigo. Eu vou contar até sessenta!", disse Amy, e em seguida começa a contar. Quando chega ao três, Emily corre pelo corredor e se esconde em um armário.

Depois de esperar por algum tempo, ela dá uma olhada no relógio e grita: "Gente! Vocês já desistiram?" Em seguida abre as portas e olha pra fora.

Ela estava em um quarto muito escuro. Havia somente um pequeno homem de terno com o rosto muito borrado, parado em sua frente.

"Bem-vindo", disse ele em uma voz profunda.

"Quem é você?! Onde estou?!", perguntou Emily em uma voz de pânico. "Espere só até meus pais chegarem para casa, eles irão me encontrar!"

O homem riu. "Vocês humanos me divertem. Seus pais te odeiam. Você odeia seus pais."

"Isso é mentira! Eu os amo e eles também me amam!", gritou Emily.

"O amor é apenas uma reação química. Composta para nos fazer pensar que viver realmente valesse a pena. Todos nos odiamos. Sentimentos são feitos somente para nos confortar...”.

Emily se arrastou de volta ao armário, chorando. Você pode ouvi-la batendo na parte de trás da porta.

O homem olha para a câmera: "Seus pais te odeiam muito. O amor é falso. Você odeia todos os seus chamados ‘amigos’. Ninguém se importa com você. Você não se importa com ninguém. Não há nenhuma razão para vivermos, nós somente gostamos de fingir que há. Você pode muito bem acabar com isso agora. Não é tão doloroso quanto você pensa...".

A cena muda para Emily dentro do armário. Ela abre as portas novamente. O homem ainda estava lá. Ele estava prestes a dizer algo, mas eu desliguei a TV antes que ele o fizesse.

Fiquei sentado lá durante uma meia hora, olhando para a estática. Decidi tomar um banho logo em seguida, o que provavelmente deixou os vizinhos estressados, já que era meia-noite, mas eu não dava à mínima. Tentei ler algo para me distrair, mas não conseguia prestar atenção nas palavras. Tudo que eu conseguia ouvir eram as palavras daquele homem: "Ninguém se importa comigo, eu não me importo com ninguém", disse a mim mesmo várias vezes.

Tentei entrar na Internet. Dei uma olhada em algumas paginas do 4chan, tentei ler umas Fanfics, mas eu não conseguia tirar essas palavras de minha cabeça. Entrei no Facebook. Todos esses "amigos" me mandando mensagens, me convidando pra festas, postando fotos de mim. Eles não se importavam comigo. Sentimentos são feitos somente para nos confortar. O amor é apenas uma reação química. Eu poderia muito bem acabar com isso, agora mesmo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O lado Negro: A Mansão Foster Para Amigos Imaginários




OK, pra começar, devo dizer que estou realmente confusa e assustada com o que aconteceu. Estava com alguns amigos anteontem, relembrando coisas que fazíamos na nossa infância, quando em algum momento comentaram sobre um de meus desenhos favoritos: A Mansão Foster Para Amigos Imaginários.  Bateu aquele sentimento nostálgico, e então resolvi procurar alguns episódios pra baixar. Assisti todos os episódios de todas temporadas, mas ficou faltando o ultimo episódio da série: “Adeus ao Bloo”. Procurei-o por todos os lugares, mas não encontrei nada. Fiquei frustrada, pois queria muito saber como tudo acabaria.

Decidida a tentar mais uma vez, procurei o final do desenho. Não me lembrava de ter assistido aos últimos episódios quando ainda eram transmitidos na TV. Encontrei o download de um episódio intitulado “O Mundo de Frankie”. Curiosamente, a descrição dizia ser o episódio final, por isso deixei a curiosidade me dominar e baixei-o em meu laptop.

Coloquei o vídeo em tela cheia e comecei a assistir, me sentindo como uma criança de 8 ou 9 anos novamente. Tudo começou normalmente, linhas surgindo e entre essas linhas uma mansão aparecendo, Mac correndo por esta, seguindo assim a abertura normal. Logo depois, o episódio iniciou-se com um dia comum na Mansão; ao fundo podia ver Sr. Coelho, furioso, e Frankie discutindo como sempre, Bloo estava bagunçando a mansão enquanto a garota levava toda a culpa.

Frankie teria de limpar toda a sala de jantar, não podendo sair de lá até que terminasse o serviço. Eu não tinha visto nada demais naquilo, mas quando ela chegou lá, estava tudo lambuzado de sangue, e ninguém sabia o porquê. Ela parecia aborrecida, mas ficou lá limpando enquanto Sr. Coelho olhava pra ela com um olhar triunfante.

Quando Frankie terminou, parecia que já era noite. O estranho é que não havia nenhuma luminária na sala de jantar. Ela soltou um suspiro e foi tentar abrir uma das portas, mas parecia estar emperrada. Tentou a outra, também não abria. Frankie começou a ficar confusa. Percebi que palavras escritas com sangue surgiam nas paredes; as palavras eram “Acorde Frankie”. Uma música estranha começou a tocar, fazendo com que eu sentisse um calafrio correr na espinha. A musica era triste e assustadora ao mesmo tempo. Notei que Frankie estava ficando tensa.

A maçaneta da porta começou a girar; um vulto de um coelho segurando algo apareceu. Era Sr. Coelho, com um saco pairando em suas mãos. Frankie, muito assustada, perguntou o que tinha dentro.

“Não quero mais bagunças por aqui, aquela peste azul não nos incomodará mais.”

Bloo estava morto, dentro daquele saco.

"O QUE MADAME FOSTER ACHARÁ DE VOCÊ AGORA?"

Frankie gritou assustada com lágrimas rolando. Sr. Coelho deu um sorriso malicioso, aquele sorriso ainda me assombra. De repente, o corpo de Madame Foster fica a mostra... Seu corpo estava dentro do saco junto ao de Bloo. Frankie não sabia o que fazer. Sr. Coelho disse com uma voz sombria: "Já limpei quase toda a sujeira desta mansão, mas ainda falta uma...". Nessa hora, ele tirou uma faca do bolso de seu jaleco e foi chegando cada vez mais perto de Frankie. Ela, assustada, pegou uma cadeira e jogou nele, fazendo com que ele caísse no chão. Duas pernas da cadeira se quebraram, Frankie as pegou enquanto Sr. Coelho, com raiva, se levantava.

No momento em que o coelho foi acerta-la com a faca, Frankie se protegeu usando uma das pernas da cadeira, de modo que a faca se prendeu; a garota chutou Sr. Coelho para longe. Frankie matou-o com uma facada na cabeça. A cena começou a se distorcer, pude ouvir gritos vindos de uma mulher enquanto na tela passavam imagens de adolescentes esquizofrênicos.

Foi então que as coisas ficaram mais estranhas. A imagem ficara em preto e branco, e eu pude ver Frankie agachada, observando uma senhora com uma faca na cabeça rodeada de sangue. A tela escureceu e pude ouvir em sussurros: “A mansão nunca existiu... Frankie é esquizofrênica...Não acredite em tudo que vê...”. Então apareceu uma imagem em preto e branco com os personagens principais da mansão, todos sorridentes, com aquela musica triste e assustadora tocando ao fundo. Em seguida, o episódio termina.

Fiquei tão assustada que comecei a tremer. Exclui o episódio do meu computador, desliguei-o e, suando frio, fui pra cama. No dia seguinte acordei mais calma, decidi fazer o download do episódio novamente; precisava gravar aquilo ou pelo menos mostra-lo aos outros para ter certeza se eu não estava mesmo imaginando coisas. Mas não podia fazer o download; o Megaupload havia sido fechado.
                
Por mais que eu procure, não encontro este episódio em outros sites; poderia ser apenas um fan-made, mas os traços eram extremamente idênticos aos traços do desenho oficial, digo o mesmo sobre a dublagem. Às vezes me pergunto se mais alguém assistiu a esse episódio...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Call of Duty - Black Ops : Nuketown


Tudo começou um dia depois da minha formatura quando os pais do meu amigo compraram para ele um Xbox 360 pelo esforço dele no ensino médio. Devido ao fato deles estarem passando por  um momento financeiramente difícil, era um Xbox usado que tinha sido comprado. Ele me chamou assim que ganhou para jogarmos juntos. Me arrumei e fui pra casa dele, que era a uma rua de distância da minha.

Quando eu cheguei lá ele estava jogando Black Ops. Disse para eu abrir a porta e entrar direto porque ele já estava muito ocupado jogando o multiplayer online. Assim que eu entrei me sentei do lado dele e fiquei assistindo-o ser massacrado pelos jogadores mais experientes. Eu só podia ficar rindo dele. Depois de se cansar de ser morto várias vezes ele me deixou jogar um pouco. Seu pai ligou pedindo pra ele fazer alguma coisa que agora não me lembro o que era, naturalmente, jogando, não prestei atenção, só ouvi ele saindo pela porta dos fundos e dizendo que voltava logo. Fiquei meia hora jogando as missões offline até decidir que podia jogar o multiplayer online sem ser humilhado por completo. Entrei na sala e aguardei. Ia ser um Team deathmatch na Nuketown. Um dos meus mapas preferidos. É pequeno, então a ação é constante.

Esperei 10 segundos que, estando sozinho me pareceram 10 minutos. Quando o jogo começou eu ri pra mim mesmo pra disfarçar a tensão. Comecei jogando melhor do que normalmente jogo, ou os outros jogadores não eram tão bons quanto de costume. Depois de alguns minutos, eles começaram a sair da sala até que só sobrou eu e outro membro time oposto no mapa. Comecei a rir sozinho pra disfarçar a solidão. Eu estava parecendo muito um retardado. Procurei ele pelo mapa todo duas vezes até encontrá-lo e quando fui atirar, percebi que o jogador estava parado, sem fazer nada a um bom tempo, então decidi dar uma volta pelo cenário e esperar ele voltar.

Começou quando eu entrei na casa verde e branca no norte do mapa e comecei a atirar num manequim de camisa social e gravata pra passar o tempo. Então eu escutei um barulho que os personagens fazem quando estão morrendo. Primeiro achei que fosse o manequim, mas eu sabia que estava sendo muito bobo em pensar nisso, então fui correndo pra ver o que tinha acontecido com o outro jogador, se ele tinha caído da varanda me procurando, ou algo do tipo. Mas ele ainda estava lá, parado na mesma posição. Fiquei um pouco mais tenso, ainda mais pelo fato de estar sozinho. Decidi voltar e começar a atirar no manequim de novo. Depois de alguns minutos esvaziando os pentes nele, eu ouvi um grunhido. Eu realmente me arrepiei porque percebi que o barulho de vento e outras coisas que normalmente estão como sons de fundo tinham sumido. Só agora havia percebido que esse grunhido tinha sido o único som que ouvira em minutos de jogo. Me arrepiei, sabe, aquele medo que vem aos poucos, pior do que o rápido.

Decidi só correr em volta do mapa para sair da partida em seguida, até que vi exatamente o mesmo manequim no qual eu estava atirando antes. Entretanto ele não estava na casa verde e branca dessa vez. ele estava na frente da outra casa que ficava do outro lado do mapa. Pensei que podia ser só uma cópia do manequim e corri pra checar na casa verde e branca, mas, bem, ele não estava lá. Pensei que podia simplesmente ser um tilt que  fazia com que os manequins mudassem de  posição. De qualquer jeito, o único manequim que se mexeu foi esse, e e também foi o único que fez sons quando atirei nele. Ignorei isso e fui terminando de dar a volta porque eu estava começando a me assustar de verdade, quando me lembrei que o outro jogador ainda estava na sala. Fui checar, mas agora ele tinha saído do lugar de antes, e continuava parado. Ele provavelmente só voltou, andou e saiu de novo, porque o personagem não mostrava sinais de movimento. Eu me virei pra tomar posição e esperá-lo voltar, e assim que me virei o manequim estava bem atrás de mim.

Eu comecei a atirar e ouvir o barulho de grunhido, o mesmo de antes. Corri pra fora da casa para perto dos balanços do outro lado do mapa. Quando eu cheguei lá, vi o mesmo manequim de novo. Eu comecei a me assustar mais e mais e atirei tudo que tinha nele. Ele continuou fazendo o mesmo barulho e dessa vez eu vi sangue saindo dele. Eu achei que era só minha imaginação. Corri do manequim e me virei pra olhar pra ele e parecia que ele se mexia bem de leve na direção da garagem, escorregando com os pés. Eu menti a mim mesmo dizendo em voz alta que era só outro jogador, mas isso me assustou mais ainda. E sim, o outro jogador estava no mesmo lugar de antes,  quieto.

Agora eu aceitei que era mesmo o manequim, e ele começou a andar, como um personagem carregando uma arma, só que de mãos vazias, mas com a mesma agilidade e mobilidade. Eu corri pra fugir do manequim e achar munição, quando voltei pra procurá-lo, eu não o achei. Ele me achou. Ele ficava andando devagar na minha direção. Eu só consegui andar cinco passos e ajeitar a mira quando o controle do Xbox parou de funcionar. Eu não podia fazer nada a não ser olhar para a tela da TV olhando o manequim andar até mim fazendo grunhidos e gemidos como um daqueles zumbis nazistas. O manequim finalmente chegou perto do personagem e ficou parado. Virou o rosto pra mim, pela base do pescoço, como se fosse algo se movendo na base primária de animação do personagem. Bem assustador; movimentos bruscos até ficar olhando direto para mim com aqueles olhos brancos. Eu senti um terror imenso quando percebi mais uma vez que ainda estava sozinho e de verdade, tive vontade de chorar. Não tinha outra opção além de desligar a tv. Mas era de led, e não desligaria a não ser que fosse com o controle, que eu não conseguia achar. Arranquei a tomada da televisão da parede, mas ela não desligou. Meu coração gelou, assim como meus ossos e pele. Tentei desligar o Xbox mas não funcionou. Tirei o disco de dentro, mas nada. Arranquei a tomada do Xbox da parede, mas ele continuava lá, e o jogo rodando normalmente.

Então eu simplesmente sentei e fiquei olhando pro manequim. Olhando para o rosto pálido dele. Sem expressão alguma. Fez um grunhido e gemeu de novo, mas não me mexeu mais, agora parado, estava na pose de manequim de novo. Depois de meio minuto olhando para o rosto do manequim, ele começou a se mexer. Chegou mais perto, num ponto em que o rosto dele cobria  toda a tela da TV. Então ele rugiu, pareceu muito com um grito humano, ferido em dor de morte. O manequim se moveu pra trás. Então voltou a andar, mas dessa vez como um zumbi mesmo, do modo zumbi, devagar, na minha direção. Assim que fez contato comigo a tela inteira começou a chiar, e nada mais. O volume começou a aumentar. O Xbox finalmente desligou. Eu fiquei horrorizado e minha cabeça começou a doer de desespero. Corri pra fora da casa e decidi esperar por meu amigo lá. Depois de uns cinco minutos ele apareceu. Expliquei tudo a ele, que me achou bem idiota, e resolveu jogar para ver se achava o tal manequim. Entramos na casa, plugamos tudo de novo e ele jogou, como de costume, por mais de uma hora, e nada do manequim. Perguntei onde ele tinha comprado o Xbox e ele me disse que os pais dele tinham comprado usado, junto com o jogo de uma mulher que dizia ter algo de errado com ele.

Eles compraram por 50 dólares. Perguntamos aos pais dele aonde eles tinham comprado, e eles nos deram o endereço. Eu e meu amigo fomos lá ver a mulher, nos subúrbios, e chegamos até sua casa. Apenas nos entreolhamos, e fomos embora. Nunca mais ousei jogar online, e muito menos na Nuketown. De verdade foi uma experiência assustadora. Você não precisa acreditar. Estou meramente contando o que eu vi.

A casa estava a venda. Ela era bem no estilo suburbano dos anos 80. Verde e branca. Com garagem e duas janelas.



sábado, 21 de abril de 2012

Eu costumava não ter medo


Eu costumava não ter medo.

Filmes de terror nunca me assustaram de verdade. Livros de terror não tinham nenhum efeito. Casas mal-assombradas não fazia sentido. Eu nunca fui uma criança que cobria o rosto com o cobertor para dormir, ou mantinha o abajur aceso a noite. Quando era um menininho, eu nunca senti necessidade de rastejar até a cama de minha mãe por causa de um pesadelo. Pra começo de conversa, eu nunca tive muitos pesadelos, e os poucos que eu tive, maioria eu nem conseguia considerar um de verdade.
Eu simplesmente nunca tive medo do que se escondia na noite. O sistema de segurança de nossa casa mantinha meus medos de humanos com intenções obscuras bem longe, assim como também nosso Rottweiler, que tinha o lindo nome de Assassino. E além de nossos muros, bem, quem poderia temer algo em uma comunidade branca de classe alta? Eu vivi a vida toda dentro de uma bolha de plástico, sem saber o que era medo.

Então por que motivo eu teria medo do escuro?

Até esse momento eu não tinha tido. Eu via como algo infantil e sem lógica. Obviamente, eu não me sinto mais desta forma. Estou escrevendo isso para avisar você, pois agora é muito tarde pra mim. Eu sei disso agora, e isso me trouxe uma certa calma... Quando eu terminar de te avisar você, tudo vai estar acabado. Então me perdoe se eu estou falando demais... Eu aproveitei a vida um pouco mais do que eu estou disposta a admitir.

Tudo começou com algo que eu achei ser um vírus. Eu tinha sido direcionada para um vídeo chamado "Meninas e Meninos Saem para Jogar." Soava bastante inofensivo. Eu achava que era um filme de estudantes de arte, na verdade. A pessoa que tinha me passado o link prometeu que era muito bom. Valia a pena assistir. Eu não consigo lembrar do vídeo. A única coisa que me lembro era a sensação que ele me trouxe. Não era medo, mas era bem perto disso. Era muito desconfortável, eu estava nervosa. E também fiquei vagamente enjoada.
Daí em diante as coisas só ficaram piores. O papel de parede do meu computador tinha mudado para uma foto de uma jovem mulher com um olhar pertubador, me fitando como se fosse de um abismo negro. Todo o momento então, e com frequencia crescendo a cada dia, barulhos estranhos eram emitidos do meu computador, mesmo quando o som não estava ligado. Gritos, risadas estranhas, rangidos...

No momento, eu estava irritada; o medo não haviam me atingido ainda. Então, rostos começaram a "pular" na tela, tipo esses programas ridículos que aparecem rosto gritando que costumavam a assustar meus amigos no ensino médio. Mas era diferente. Eles pareciam reais. Eram rostos de mortos; e eles tinham tido mortes violentas. Eu queria dizer que eu parei de umas meu computador, mas eu não podia. Meu trabalho requesitava que eu usasse meu computador frequentemente. O que eu devia fazer? Não havia mais nenhum computador disponível pra mim. Eu até tentei levar em algum lugar o computador para retirar o vírus, mas ninguém pode me ajudar. Diziam que não havia vírus algum. Falaram que meu computador estavam bem.

Mas a coisa só piorava. Os rostos não estavam só aparecendo; eles ficavam. E com aqueles olhos horríveis, apodrecidos, eles prendiam meu olhar. Eu não conseguia desviar o olhar deles e de seus terríveis sorrisos provocantes. E...Meu Deus, o cheiro. Meu computador sempre tinha um cheiro vago de morte em volta dele.
Eu pensei que estava ficando louca. Eu pensei que talvez alguém estivesse zoando comigo. As pessoas na loja onde tentei reparar o computador não faziam ídeia do que estavam falando. Algo estava errado,e eu sabia que tinha concertado. Então, eu comprei um computador novo. Tudo estava legal por um tempo, mas tudo voltou, e com força total. Agora haviam vozes. Agora havia gritos. Agora, os rostos apodrecidos mostravam também os malditos corpos. Eu podia ver cada larva, cada mosca, cada espacinho com pus... E eles estavam me chamando. Falando que em breve, muito em breve, eu estaria me juntado a eles. Eles estavam com muita raiva que eu tinha tentado me livrar deles, e agora me fariam pagar.

Eu  não sabia o que fazer. Ignorar o problema não estava funcionando. Eu pensei que era culpa de meus colegas de trabalho. Talvez isso tivesse vindo com um e-mail que eles tivessem me mandando? Eu nunca pensei ser o vídeo. Nem por um segundo. Depois de tudo, isso não era lógico.
Eu estava no fundo do poço. Hoje, eu despluguei o computador e comecei a empacotar. Eu iria sair de férias, limpar minha cabeça, e rezar que tudo voltasse ao normal. A algum minutos atrás eu percebi que eu não iria. A eletricidade caiu, e pela primeira vez na minha vida, eu senti medo de verdade. Eu não tinha ideia que em alguns momentos, eu me tornaria entorpecida. Eu cambaleei pela casa, procurando por uma lanterna, quando eu vi que algo ainda estava produzindo luz.

O computador.

A tomada estava ligada novamente, e a mulher no papel de parede estava se movendo. Acenando pra mim. Eu não pude controlar minhas pernas. Sentei-me em frente dela do outro lado do quarto com a escuridão em minha volta. E então a mulher, como todas as outras imagens que eu havia visto antes, começou a apodrecer. A cena toda apodreceu, e depois a tela ficou preta. E sem luz, sem um meio de ver meu reflexo, eu a "vi" no escuro atrás de mim por um breve momento, uma faca ensanguentada e enferrujado na mão. O computador voltou à vida , e meu papel de parede tinha retornado.
Mas eu sei que não acabou ainda.

Então eu decidi vir aqui. Eu sei que vocês gostam de ficar assustados, certo? Bem, veja isso como alguém que só recentemente descobriu o medo: Nem sempre funciona, e nem tudo é diversão e jogos.
Claro, você provavelmente não vai acreditar em mim. Por que deveria?
É o seguinte... Eu não fui totalmente honesta com você. Não havia vídeo algum. Era uma história. Uma história parecida com essa,com uma um enredo um pouco diferente e talvez com uma melhor narrativa. Eu sei que vocês gostam de histórias que dão um bom medo. Provavelmente é por isso que você começou ler a minha.

Agora que você leu isso, eu vou dividir com você meu destino. Eu sei que é cruel, talvez injusto, mas tem de ser feito. Eu só espero que você se conforte sabendo que quando eu for o homem assombrando seu computador, eu serei mais gentil. Se eu puder, eu usarei uma lâmina que seja menos cega. Fotos daqueles que vieram antes de mim que estejam menos grotescas. Sons que sejam menos alarmantes.
Mas, novamente, você GOSTA de ficar assustado, não é?
Não se preocupe, eu não vou pedir pra você repostar isso cinco vezes em lugares diferentes.  Nada vai salvar você. Porque depois de tudo, nada pode me salvar. A eletricidade ainda está desligada. E agora, atrás de mim, a uma mulher me esperando. Eu verei você em breve.


Tchau...por enquanto.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Paralisia do Sono


Acordei uma noite, deitado de bruços na minha cama, incapaz de me mover .
Isso já tinha acontecido muitas vezes comigo. Me foi dito por um médico que era paralisia do sono, e que poderia ser desencadeada por alterações no padrão do sono, estresse, dormir em uma determinada posição, comer certas coisas antes de ir para a cama, o consumo de álcool, e etc.
Às vezes , eu via coisas. Elas variavam de gatinhos inocentes na minha porta para demônios terríveis que arranham a minha pele. Isto era chamado de alucinações hipnagógicas, e eram  aparentemente normais, segundo o que me foi dito. Apenas uma perturbação no ciclo REM , nada a temer ...
Esta noite em especial, e os acontecimentos que se seguiram, foram diferentes.

A janela do meu lado estava aberta, uma brisa fria soprou as cortinas acima de mim. Eu não tinha ido para a cama com a minha janela aberta. Eu senti como se estivesse sendo vigiado. Através da minha visão periférica, eu vi uma menina em pé na minha janela. Ela tinha cabelos pretos com aparência de pele bem suave, e justamente, usava um vestido branco. Sorrindo muito, ela apertou o dedo nos lábios.

"Shhh!"
Ela riu e em seguida a janela se fechou brutamente. De repente, senti um peso enorme nas minhas costas, eu não consegui mais respirar. Longos fios negros de cabelo, pingando em óleo, estendiam-se sobre o meu rosto de ambos os lados. Duas mãos frias e úmidas entrelaçaram nas minhas, dedos ossudos interligados com os meus. Então empurrou meu corpo contra a cama, forçando meu rosto contra  o travesseiro.
Eu ouvi um sussurro fraco. Ele ficou mais alto e mais rápido, até que ele era tão alto que meus ouvidos doíam. As palavras eram afiadas e rápidas, como uma espada sendo desembainhada. É difícil descrever a voz, ou vozes que ouvi. Era como um canto em Latim, mas cantado ao contrário, com um som musical deformado e distorcido. Violinos arranhados, batidas frenéticas de um piano, e um assobio constante das palavras "suicídio" e "silêncio". Isso tudo aconteceu de uma vez, e continuou durante o que pareceu horas. E eu continuava lá, paralisado. Eu ainda podia sentir o seu corpo frio, molhado contra o meu. Eu não queria pensar sobre a criatura, eu só podia imaginar como aterrorizante ela parecia. É a voz era suficiente para me enlouquecer. Eu comecei a me sentir fraco, como se eu fosse cair em uma espécie de sono profundo. Minha respiração ficou mais lenta e mais espaçada. Lábios frios roçaram minha nuca e uma mão ainda mais fria acariciou minha bochecha. A criatura então emitiu um grito horrível, terrivelmente de gelar a espinha antes de finalmente me libertar.O peso foi retirado de minhas costas. Não havia mais sussurros . Havia finalmente terminado.

Rolei na cama e pulei para o chão, correndo para o interruptor de luz. Parecia ter levando mais tempo do que o habitual. Algo ainda não estava certo. Eu acendi a luz e olhei ao redor do meu quarto. Tudo estava em seu lugar. Abri a porta e olhei para fora. Dois gatinhos siameses de olhos azuis sentados no fim do corredor. Eu podia ouvi-los ronronar em uníssono. Algo estava muito errado, poiso eu não possuía nenhum gatinho siamês, quanto mais, dois ... Caminhei lentamente em direção a eles. Eles pareciam bastante inocente, afinal de contas, eles eram uma mudança e tanto do que quando aquele demônio tinha me prendido em minha própria cama. Abaixei-me e olhei para eles. Eles olharam para mim, miando e inclinando a cabeça para o lado. Eu estendi minha mão. Ambos os gatinhos começou a lamber meus dedos. Alucinações ou não, eles eram adoráveis. Tentei pegar um deles, mas  os dois  miaram agressivamente e com um movimento rápido de sua pata, cortou meu rosto. Deixei os dois gatinhos, e eles sumiram para longe com o pelo das costas eriçado.

E então do nada, como num piscar de olhos eu estava de volta na minha cama. Era como se nada tivesse acontecido. Rolei na cama e me levantei lentamente antes de ligar a luz do quarto. Desta vez, tudo estava normal. Sem gatinhos estranhos. Eu estava realmente acordado neste momento. Caminhei pelo corredor até o banheiro. Acendi a luz e olhei para o espelho. Para meu horror, meu pijama estavam manchados de graxa preta, e eu tinha três marcas de garras na minha bochecha, com sangue ainda fresco. Entrei em pânico. Eu ainda estava preso no meu pesadelo? Ou será que tudo foi real? Ambos os pensamentos me aterrorizava . Eu só me lembro de cair no chão do banheiro.

Eu acordei em uma cama de hospital. Meu irmão mais novo tinha me encontrado no banheiro, e avisou meus pais, que me levaram rapidamente para o hospital.
"Mas que merda aconteceu?" Perguntei.
"Olha esse língua, Carl!" Minha mãe disse.
"Você caiu no banheiro e se nocauteou". Meu irmãzinho Timothy respondeu.
"Nem fudendo" Eu murmurei entre minha respiração.
Meu pai riu, e minha mãe deu uma cotovelada nele, dando-lhe um olhar severo.
O médico explicou que eu tinha caído e batido a cabeça, resultando em uma pequena concussão. Eu não bati a cabeça forte o suficiente, pois eu ainda me lembrava de tudo o que tinha acontecido.Estremeci.
No caminho para casa, sentei-me no banco de trás do carro com o meu irmãozinho. Eu quis dizer a alguém o que tinha acontecido levando-me até meu colapso no banheiro, mas eu sabia que ninguém ia levar a sério. Eles sabiam sobre os problemas que tinha com a paralisia do sono no passado, mas levaram com um grão de sal no mar. Eram nada mais do que pesadelos bobos para eles.
Eu fiquei em silêncio no caminho de casa e no resto do dia. Eu ficava mais cansado à cada minuto que se passava. Cada minuto que passava era mais um minuto mais perto do cair da noite, que seria quando eu estaria indo para a cama. Decidi não dormir naquela noite. Ou na noite seguinte. Ou a seguinte aquela...

Depois de ficar acordado por quase dez dias seguidos, meus pais me levaram de volta para ver o médico. Ele me receitou alguns comprimidos para dormir. No início, eu estava com medo de usa-los. Eu não queria ir dormir e ter que passar por todo aquele horror novamente. Mas o meu corpo e mente estavam esgotados, então eu cedi que naquela noite eu tomaria, então tomei duas. Eu dormi durante a noite toda e acordei com facilidade. Alívio em cima de mim. Cada noite, tomava os comprimidos e adormecia. Nas manhãs, eu acordava sem incidentes. Esta paz continuou por meses. A paralisia do sono parecia uma memória distante.
Um dia , cheguei em casa mais cansado que o habitual. Ainda era cedo, três da tarde, mas resolvi tirar um cochilo. Parecia bastante inofensivo. Eu me deitei em minha cama e adormeci. Acordei uma hora mais tarde. Bocejei e rolei para o lado da cama. Levantei-me e me estiquei por alguns segundos. De repente, ouvi meu irmão gritando.
"Carl! Carl! Tem algo no meu quarto! Me ajuda, me ajuda!"   
Eu corri pelo corredor até o quarto de Timothy. O que vi me encheu de horror. A criatura fêmea, encharcada em algum tipo de tinta preta ou graxa, espalhada através da janela e no chão. O corpo dela estava dobrado em uma forma desumana, ossos estralando enquanto aquilo se movia pelo chão. O Líquido negro corria de sua boca e olhos, enquanto sussurrava e fazia um barulho de borbulhar, arrastando-se pelo chão em direção ao meu irmãozinho. Eu gritei e agarrei-o pela mão. Nós corremos para fora do quarto, batendo a porta atrás de nós. Eu gritei por minha mãe e meu pai, mas não ouve resposta. Não deviam estar em casa. Eu levei meu irmão para o meu quarto e tranquei a porta. Eu podia ouvir os ossos da criatura rangendo enquanto se movia pelo corredor nos seguindo. Ela parou na porta. A porta começou a tremer violentamente. Eu gritava, segurando o meu irmão perto de mim.

"Faça isso parar!" Tymothy chorava sem parar. Eu não sabia o que fazer. O choro do meu irmão me devastava, mas a criatura no outro lado da porta me aterrorizava do fundo do meu peito. "Por favor, por favor, faça parar!"
Eu não conseguia lidar mais com aquilo. Em um surto de adrenalina e insaniedade, eu parti pra cima e abri a porta com rispidez. A criatura torceu a cabeça pra cima e olhou pra mim. Sorriu com os dentre negros e quebrados. "Lembra de mim?” Sussurrou. A voz afiada se destorceu e ecoou pelo quarto, Tymothy tapou os ouvidos com as mãos e sacudiu a cabeça.Olhei para a criatura,chacoalhando de ódio e medo. Ela gritou, com o liquido preto escorrendo pela boca como uma fonte, me encharcando. Tymothy começou a soluçar incontrolavelmente. Chutei uma vez, duas, três vezes , quatro vezes ...

Ela ficou no chão, "enrolada" como uma aranha esmagada e seca em uma pilha de lama negra.
Era o fim. Havia finalmente terminado. Eu joguei meus braços em volta do meu irmão e ri.
Tinha acabado! finalmente acabado!
 ——–

Eu acordei na minha cama. Tymothy dormia do meu lado em posição fetal chupando o dedo. Eu rolei com cuidado pela cama e andei pelo quarto. Liguei a luz. Dois gatinhos siameses com olhos azuis estavam do lado do meu irmão, ronronando. Meu coração deu um salto. Eu olhei para minhas roupas, e elas estavam totalmente manchadas e úmidas em preto. Eu senti algo como uma picada na minha bochecha.

O som de sussurros e ossos rangendo ecoaram pelo quarto. Eu cai no chão, paralisado.




quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lugares Assustadores (2)


No primeiro post da série falamos sobre um lugar assustador e sinistro, que é conhecido como A Ilha da Morte. Hoje falaremos sobre o mais macabro museu do mundo:
Museu Mütter
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Se existe na Terra um lugar horripilante onde você pode ver algumas das coisas mais bizarras do250px-College_of_Physicians_1mundo, esse local é o Museu Mütter, onde não são expostos quadros ou qualquer outro tipo de arte, nele você vê doenças, pedaços de corpos e restos dos casos mais estranhos da medicina mundial.
Criado em 1858 para servir de apoio para os estudantes da faculdade da Filadélfia, ele acabou ganhando fama conforme seu acervo estranho foi crescendo, hoje em dia ele é visitado centenas de pessoas diariamente, que saem de lá assustadas e algumas até passam mal por verem as bizarrices que existem dentro desse museu.
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No lugar é possível ver os mais diversos tipos de doenças que atacam os seres humanos, indo desde deformidades até a estátua de cera de uma mulher que tem o chifre. Em alguns setores é possível ver corpos reais de pessoas embalsamadas após a morte, todos com as mais diversas falhas, indo desde problemas de coluna até deformações graves, que deixam qualquer pessoa assustada.
Existe também certa sala cheia de rostos humanos cortados em expostos:
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Algumas das cenas mais fortes são de fetos com má formação ou mesmo com bebês siameses:
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Em outra ala é possível ver registros de diversas doenças macabras, que podem afetar as pessoas:
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Esse não é um lugar assombrado ou algo do gênero, mas certamente é um dos locais mais assustadores e horripilantes do mundo.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Casos Macabros (8)



o último post da série falamos sobre Gary Ridgway, o homem que matou mais de quarenta mulheres. Hoje falaremos do caso que está chocando o Brasil:

Os canibais de Pernambuco
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Gisele Helena da Silva era uma mulher de 31 anos, que no início de 2012 estava procurando michael_myers_estrangulandoemprego, por sorte ela conheceu Isabel Cristina, que lhe ofereceu uma oportunidade para trabalhar como babá, assim sendo ela pegou o endereço da mulher e foi para a entrevista com a esperança de sair empregada ainda aquele dia.
Gisele chegou a tarde e bateu na porta, esperando se atendida. Logo Isabel abriu a porta e pediu para que a mulher entrasse, mas antes que pudesse fazer algo, ela foi pega por um homem, que lhe passou os braços pelo pescoço e apertou com toda a força. Gisele se debateu com toda energia que seu corpo tinha, mas o homem era forte e bem treinado, e naquele momento não havia mais jeito dela sobreviver, sua morte era certa apenas questão de tempo.
Ela não era à primeira nem seria a última, pois os assassinos tinham seus planos e mais uma vez uma mulher recebeu a oferta de emprego e compareceu à casa para a entrevista, ela era Alexandra da Silva. Logo que entrou foi atacado pelo homem, que cortou seu pescoço profundamente e apenas esperou mulher perder suas forças e a vida ir embora, enquanto o sangue escorria pelo seu corpo.
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CAPÍTULO XXVI do livro de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, mais um dos assassinos canibais
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A DIVIDIDA
Vejo aquele corpo no chão, Jéssica desconfia que ainda se encontre com vida, pego uma corda, faço uma forca e coloco no pescoço do corpo, puxo para o banheiro e ligo o chuveiro para todo o sangue escorrer pelo ralo. Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lamina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois à divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como o se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente…”
Para os três assassinos canibais matar suas vítimas não era o bastante, pois sua seita chamada Cartel pregava a diminuição populacional, e eles queriam mais, queriam ser purificarem com a carne das mortas, por isso depois de mata-las, os três tiravam a pele e cortavam o corpo das mortas como se fossem de um animal. Guardando as partes na geladeira, afinal eles comeriam tudo em atos de purificação.
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Junto com eles uma garotinha de cinco anos acompanhava tudo, porém ela não é era da família, na verdade era filha de uma vítima antiga, mas como não passava de um bebê quando sua mãe foi morta e devorada, ela foi adotada pelos assassinos, que a faziam participar de seus rituais macabros.
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O trio de canibais era comandado por Jorge Negromonte da Silveira de 51 anos, ele era casado com Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira da mesma idade e junto com os dois vivia a amante dele, que era Bruna Cristina Oliveira da Silva. Todos os dias a mulher mais velha saia para vender empadas e coxinhas, porém mal sabiam os compradores que aquelas delícias eram recheadas com a carne das mulheres mortas, assim sendo muitas pessoas certamente comeram carne humana sem saberem.
“Depois que eles esquartejavam, a carne era congelada, desfiada e também utilizada para alimentar a família, inclusive dando partes dos corpos para a criança que morava com o trio. Além disso, segundo Isabel, a parte preferida era o coração das vítimas. Mas nada sobrava. Eles também usavam o fígado e os músculos das pernas que eram fervidos e ingeridos, numa espécie de ritual macabro.”, contou o delegado responsável pela investigação..
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Certamente essa família macabra é culpada de muitas outras mortes, pois eles agiam a muitos anos, matando, se alimentando e vendendo carne humana. Os três eram tão confiantes que em tudo que faziam que registravam em um livro de horrores os detalhes dos crimes e eles só foram pegos quando usaram o cartão de uma das vítimas, caso contrário ainda estariam por aí matando e comendo pessoas, como se isso fosse a coisa mais normal desse mundo.
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Atualmente os canibais de Pernambuco estão presos e logo devem ser julgados em um dos casos mais macabros e demoníacos que o Brasil já viu…
CAPÍTULO XXIV
O PLANO MACABRO DE DESTRUIR A ADOLESCENTE MALDITA
Um dia eu aproveitando que a adolescente do mal não estava, combinei com Bel e com Jéssica um modo de destruí-la, e chegamos a uma conclusão: Matá-la, dividi-la e enterrá-la. Só que cada parte dela em um lugar diferente. Era uma noite de chuva forte, relâmpagos e trovoadas. A criatura do mal estava em um quarto da casa; olho para Bel e para Jéssica com um olhar de que aquela noite seria o momento certo para destruir o mal. “Todo ser humano tem instinto assassino, e tal instinto é liberado em situações como essa. O homem também é o único ser que mata por prazer, mas até o matar por prazer é uma espécie de autoproteção do seu eu…”